
Entre os “Sem Igreja” encontramos uma boa parte dos que carregam um sentimento de frustração quanto a Igreja – instituição. Frustações que foram resultado dos absurdos praticados principalmente por líderes dessas instituições religiosas. Podemos citar alguns: Abuso de poder onde tais líderes manipulam os que estão sobre sua tutela, ausência de democracia proibindo a liberdade de pensar, líderes com personalidade egolátrica (estes desejam que tudo e todos girem em torno dele sobre seu controle). A frustação na maioria dos casos vem de uma expectativa de uma liderança apascentadora, com desejo de Servir aos irmãos e a comunidade. Práticas que lamentavelmente encontramos em poucas Igrejas.
A questão é desafiadora, pois os que foram não pretendem mais voltar. No entanto, há uma luz no fim do túnel, e a maior razão é que aquele que deu sua vida por amor àqueles que agora fazem parte da Igreja, sempre cuidará dela. Estes que uma vez foram resgatados e comprados com o precioso preço pago na cruz do calvário, Deus haverá de trazê-los novamente à comunidade. Nunca e jamais deixarão de ser Igreja, ainda que distantes. Pela experiência do novo nascimento entraram e viram o Reino, e uma vez entrando nele, jamais sairão. Deus em sua soberania e poder haverá de promover nos corações dos membros de comunidades relevantes, o desejo de acolher os “sem Igreja”. Estes ao retornarem terão a oportunidade de vivenciar experiências profundas com comunidades do Reino, Igrejas acolhedoras, amantes do próximo, lideranças com compromisso de Servir.
Para as Igrejas relevantes fica o desafio de buscar e conscientizar os Dissidentes da Igreja e fazê-los compreender de maneira profunda o papel da Igreja no mundo, seus perigos e desafios, fazê-los entender pelo poder convencedor do Espírito Santo a importância de ser chamado para ser Igreja, desafiá-los a viver em comunidade, esclarecer com base nas escrituras a relevância do exercício da comunhão, do partir do pão, do estudo da palavra, da oração. Chamá-los para uma vida de comunidade.
Aos “Sem Igreja” fica o desafio de retornar com espírito de tolerância e humildade. Compreender que a igreja militante sempre estará sujeita a imperfeições, afinal, é uma igreja que caminha num processo de maturidade com a finalidade de chegar à medida da estatura de Cristo, e, é dentro dela que acontece este processo. Isolar-se certamente atrofiará este desenvolvimento de maturidade.
Portanto, busquemos uma vida comunitária. Viver em comunidade é praticar a misericórdia, a partilha, o acolhimento, é oferecer ombro amigo em tempos de crise. Isto é ser Igreja! Viver em comunidade vai além das paredes e portas, Igreja do Reino estão acima de ritos e dogmas praticados na religião, Viver em comunidade é sermos indivíduos agenciadores do Reino de Deus. A razão de nossa existência como Igreja não é para viver para nós mesmo, mas para o outro. Lutemos pela Igreja.
Que o Senhor nos ajude!
Por: Marcos Aurélio Dos Santos
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