O rapper cristão Pregador Luo em entrevista ao site Uol falou sobre sua relação com os lutadores de MMA e das músicas motivacionais com tom gospel que criou para esses atletas. Além de Anderson Silva, já ganharam canções: Wanderlei Silva, Pedro Rizzo, Vitor Belfort, Lyoto Machida entre outros.
Todas as músicas contam as histórias de vida dos lutadores também com um tom pessoal. A ideia surgiu no álbum “Música de Guerra – 1ª Missão”, de 2008, e até hoje a ligação do rapper é estreita com os lutadores, apesar de um veto do UFC o incomodar. A organização não permite que seus competidores entrem no octógono com músicas “próprias”, o que desmotivou o músico.
 Vindo de uma infância em que misturou esporte e música, Luo entrou no mundo do MMA depois de treinar jiu-jítsu com Rocian Gracie. Nos campeonatos, o já rapper conheceu figuras importantes, entre elas Vitor Belfort.
Pregador Luo (à esquerda) ao lado do veterano Pedro Rizzo, que foi astro no início dos campeonatos de UFC
“Nós tínhamos uma assessoria em comum, e ele falou que treinava com as minhas músicas. Fui treinar com ele, como hobby e nessas ele me pediu em 2003 ou 2004 para fazer uma música para ele entrar em uma luta”, conta Luo. Depois disso, o empresário Jorge Guimarães, o Joinha, gostou da ideia e indicou alguns de seus lutadores para o rapper.
“Um dia me ligou o Lyoto pedindo uma música. E eu fiz. Depois me ligou o Pedro Rizzo e com o tempo eu compus o ‘Música de Guerra’”, explica o rapper, que se aprofundou para fazer as letras.
Pregador Luo sentava com os lutadores ou enviava questionários para traçar a biografia deles e, acrescentando alguns detalhes de motivação, fechava a letra.
“A música que ele fez para mim é irada”, diz Wanderlei Silva, ex-campeão do Pride. “Ele tem uma postura e uma atitude que me fizeram ser fã. Eu me lembro de um companheiro de treino americano que nem entendia a música, mas sentia a coisa boa. Essa mensagem de superação é importante como motivador”.
Luo conta que tinha a ideia de prosseguir com o trabalho, fazendo continuações para o álbum “Música de Guerra”, no entanto, a política do UFC minou o projeto. Segundo o rapper, a organização não permite que os lutadores entrem no octógono com músicas que falem deles próprios, o que fez com que suas canções fossem vetadas.
“Pode ser que faça outro disco no futuro, mas isso me deixou chateado. Não fiz para lucrar com o MMA, fiz para que eles pudessem se motivar e eu contribuísse na vitória deles”, completa ele, que vendeu cerca de 100 mil cópias deste álbum.
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